novembro 12, 2005

Ainda outro poema à NOITE, porque a imagem é muito bonita. Mas apenas pelo prazer da partilha..., por Palavras em Linha

Bertrand-de-Girardier



É à noite que os labirintos se fecham,
Que as vozes fazem eco nos nossos medos
E os fantasmas vêm povoar a solidão;
Vestidas de noite as palavras tecem lutos
E ofendem o prazer dos sonhos.
É à noite, ainda,
Que se ouvem os passos das ausências
E a mente sobrevoa o tempo.


Pura teimosia do ser
Negando a si próprio a silhueta das fadas.

É ainda à noite
Que levantamos a capa dos segredos
E traímos os nossos desejos
Guardados no fundo dos sonhos.

Palavras em Linha