22. Renúncia, por Joaninha
Despida das negras vestes e tudo o que me cobria,
Tirei as pérolas, as plumas e até o meu sorriso…
Deixe-me nua, feita estátua de pedra fria…
Deixei que o tempo fosse um momento indeciso…
Despojei-me dos sonhos para morrer em agonia.
Livrei-me dos pensamentos, do vago, do impreciso…
Passei a ser um nada. Um espaço de melancolia.
Passei a ser o retrato de quem perdeu o juízo….
E mesmo que queiras voltar, gentil e melodioso
Mesmo que quisesses ser o meu mais amoroso,
Terias de partir. Partir para nunca mais voltares…
Despedi-me sim, com um para sempre: o fim!
Mesmo não podendo esquecer o que foste para mim…
Nunca mais quero uma única troca de olhares…
04.11.05
Blog: Joaninha
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