novembro 04, 2005

6. (sem título) por J.P.

Tine Drephal (kleinekappe)


Tu quem és, que te espraias
em gestos vagos de mão, ode seca ao luar
em breve contracção?

Relatas-me de verde a vida
cicatriz de terras vindas de longe
a esquecer o barco que te traz
fantasma daquilo que já não há
em permissões de que ida?

Hoje tenho o cérebro azul
como aquele mirtilo
que te neguei, já oferecida.

E dos afectos
resta a
figueira estranguladora
neste corpo que já nem meu é.
Apenas terra.
Terra, pó.

Pó, que transformei em azul.