43. Pantomina, de Maria
Elena Reftalvi (burning witches of salem)
Há um soluço, um choro convulsivo
que vem do fundo de um peito
arrancado do fundo do tempo
assombrando as noites de Salem.
E o soluço vem de uma mãe
que falha a emudecer o lamento
pelo mundo que vê desfeito
por um achincalhar subversivo.
No catre que uma vela ilumina
É mais negra a escuridão da injustiça.
“-Bruxa!”...e condenada pela filha!
A mão escudando a vela é pantomina:
invoca a protecção que precisa.
Mas sabe...não escapará da armadilha.
Há um soluço, um choro convulsivo
que vem do fundo de um peito
arrancado do fundo do tempo
assombrando as noites de Salem.
E o soluço vem de uma mãe
que falha a emudecer o lamento
pelo mundo que vê desfeito
por um achincalhar subversivo.
No catre que uma vela ilumina
É mais negra a escuridão da injustiça.
“-Bruxa!”...e condenada pela filha!
A mão escudando a vela é pantomina:
invoca a protecção que precisa.
Mas sabe...não escapará da armadilha.
À memória dos dezanove
que, entre Junho e Setembro de 1692 foram, não queimados, mas enforcados por terem sido condenados por bruxaria, nos arredores de Salem, Massachusetts. Em muitos casos a família teve papel activo nas acusações e nas condenações.
Estórias do Bicho da Seda
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