24. Coração de Pedra, por Fausta Paixão
Nos teus braços divinos me aninhava
O nosso olhar soltava o sentimento
E um doce e deslumbrado entendimento
Dos nossos corações se avizinhava;
À nossa volta tudo se inflamava
Batia o sol nas ondas, contra o vento
Nos teus olhos, o meu contentamento
Nos meus, o teu sorriso me chamava;
Cruzámos os recados da vontade
Acesa em mim a chama da ternura
Com promessas de amor e lealdade,
Já tínhamos connosco a voz futura
E eu, cega de amor, só vi verdade
Num coração talhado em pedra dura.
F.P. do Não compreendo os Homens
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