novembro 09, 2005

55. Desespero, por Finurias

Tine Drefahl


Onde vais tu , mulher sem rosto.
Pela gélida noite sem Luar ?
Não responde a mulher,
Absorta fica a cismar !
Mas o vento volta a perguntar
Para onde vais ?
Estás perdida, ou foges de algo ?
Nessa correria que não faz sentido,
Andas ás voltas sem destino
E ela nada !
Lá caminha...cansada
Com o rosto preso na calçada
Assustada...continua sem deixar
Que lhe olhem o rosto,
Como se uma maldição,
Lhe tivesse caído em cima.
E o vento sempre a perguntar
Por favor deixa-me ajudar ?
Posso-te levar onde quiseres,
Pois conheço todos os caminhos
E todas as gentes que por aqui passam !
Subirei Montanhas se assim te ajudar
Mas responde-me antes que anoiteça,
Basta um riso, um olhar, uma lágrima,
Eu sentirei isso no Ar !
Vou pedir à Lua e ao Mar
Que me venham ajudar,
Seremos teus guias, na tua busca
Não tarda a neve...
Mais tarde, virá o Sol...
O Outono...
E todas as outras estações,
Te iremos cercar num silêncio respeitoso !
Chega !!!
Chega !!!
Nenhum de vós , ao meu enterro
estou farta da minha alma doente
não durarei um mês sequer !
mas, mal vos vejo , pulo alegre e contente
como se infância tivesse !
Só vos quero ouvir dizer : Boa Viagem !
Coitado de quem fica...
Adeus ! Adeus !