a quente
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eugenio recuenco
Abraso, vermelha de sangue e raiva.
Escrevo a quente como se malhasse em ferro à boca do fole.
Mas, a palavra martelada já não molda, como gostaria, os dias que vou andando.
Não, não é prudente pensar a quente, falar a quente, escrever a quente.
Eu sei.
Fervilham as emoções, estoira o ódio, ressoam os gritos.
Escrever a quente é malhar em ferro frio...
Parece que dobra a preceito...
... e, de repente,
quebra sem jeito...
anna
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